23/11/11
Neste dia, pelo menos, tivemos a decência de não colocar o despertador e dormir até acordar - coisa que deveria ser obrigatória em todas as férias, mas que nem sempre funciona quando duas pessoas ansiosas e
activity driven são colocadas juntas.
 |
Hotel Nacional. Eu na cama do Lucky Luciano, cuja foto é a segunda
da primeira linha. E uma foto das trincheiras cavadas na crise dos mísseis. |
De café tomado e com coragem de enfrentar os jineteiros todos, partimos para conhecer o
Hotel Nacional, que oferece um tour gratuito por suas instalações para turistas interessados nos anos da máfia e na crise dos mísseis.
O hotel, um dos pontos turísticos de Havana, era sede da máfia americana, antes da revolução. Uma das principais atrações do tour, inclusive, é o quarto onde dormia Lucky Luciano, e as histórias e quartos dos diversos mafiosos e afiliados da máfia que se hospedavam no hotel.
Na parte de fora do hotel, outro ponto importante é a área em que foram instalados canhões na iminência da crise dos mísseis, no auge da guerra fria.
Depois desse passeio histórico, fomos até Havana Vieja, conhecer o centro da colonial da cidade.
Caminhamos bem perdidas pelas ruas até acharmos a Bodeguida del Médio, bar onde, dizem, o Hemingway ficava bebendo Mojito. Pedimos um mojito e tiramos umas fotinhos e depois caminhamos mais um pouco. Almoçamos no restaurante El Templete e seguimos a rua O'Bispo até o Floridita, onde, dizem, o Hemingway ficava bebendo daiquiri. Pedimos também um daiquiri, em sua homenagem e decidimos que iamos ficar bebendo que nem o Hemingway até entender porque ele gostava tanto daquela cidade.
 |
Bodeguita del Medio. Nós, Hemingway, Mojitos. |
 |
Daiquiris no Floridita |
Não satisfeitas - e um pouquinho alegres - saímos de Havana Vieja e entramos no bairro de Centro Havana, onde invadimos o Teatro Municipal que estava tendo uma apresentação da Escola de Ballet de Cuba. Adquirimos um ingresso de última hora de uma funcionária suspeita que nos levou pra uma salinha nos fundos do teatro e, com certeza, nos cobrou um adicional de turista trouxa.
Depois, sentamos bem bonitinhas na platéia e ficamos esperando o show começar.
 |
Nós, cansadas e cheias de confiarmos nos cubanos |
 |
Ballet honesto. Não foi assim "o" ballet de cuba, mas deu pro gasto |

Não. Depois disso não voltamos para o hotel, não. Por alguma razão que desconhecemos, continuamos andando por Centro Havana, até ficar escuro e suspeito, e a gente ter certeza de que turistas não tinham nada que estar andando por aquelas partes, aquela hora.
Sentamos num hotel e pedimos outro mojito até dar a hora de a gente ir ver o Cañonazo.
O Cañonazo acontece todas as noites na Fortaleza de la Cabana, no Castillo del Morro, do outro lado da baía. Militares em trajes do século XVIII refazem o ritual que anunciava o fechamento da cidade e exatamente às 21h disparam um tiro de canhão que anunciava o fechamento da entrada da baía com uma corrente.
É divertido, bastante teatral e tem uma vista linda de Havana à noite.
 |
A foto não ficou muito boa, mas foi divertido. |
Depois disso, finalmente voltamos pro hotel, comemos um queijo quente e fomos dormir.
Curtimos: os carros, as cores, as bebidas, a musica, a alegria e cidade realmente nos parecer segura.
Nao curtimos: a cidade, tirando havana vieja, estar em ruinas e as pessoas nos pedirem sabonetes, canetas e balas.