março 15, 2018

Sabático: um desafio.


Faz 15 dias que comecei um sabático que deve durar, pelo menos, até o final desse ano.

Nesse tempo não fiz muita coisa (mas talvez seja esse o objetivo).

Estou aprendendo a lidar melhor com meu tempo e a ter outras preocupações que não apenas o trabalho (e minha falta de tempo para lidar com as coisas fora do trabalho).

Tenho explorado muito minha vida pessoal e minhas crenças, meus bloqueios e travas, ousado fazer coisas que não tinha coragem de fazer antes e estar com pessoas que achava que nunca estaria.

Muitas pessoas dão ideias e sugestões, ou projetam em mim seus sonhos e desejos. Não vou atender à fantasia de todos que querem tirar um sabático. Mas queria pelo menos atender à minha fantasia e para isso preciso desenhá-la com mais cuidado.

Gosto muito de uma frase de Alice no Pais das Maravilhas - gosto de muitas na verdade, mas essa serve ao momento  - "Qualquer caminho serve para quem não sabe onde quer chegar."

Por isso, vou tentar explicitar onde quero chegar, pra ver se encontro o caminho certo. Quero conseguir três coisas principais nesse período:
  1. descansar e aproveitar a vida e os privilégios que consegui adquirir até agora. 
  2. evoluir pessoalmente: ser mais leve, mais gentil, mais amorosa e mais conectada com as pessoas.
  3. encontrar equilíbrio e satisfação pessoal pra voltar ao trabalho reenergizada e com um propósito claro.
Ainda não estou 100% satisfeita com essa lista. Queria um pouco mais de assertividade nela para que pudesse ver mais claramente os passos que preciso tomar para atingir esses objetivos. Vou me contentar em lapida-los com o tempo.

Também gostaria de escrever sobre o processo, as evoluções, as dúvidas e os aprendizados. E vou compartilhar isso, já que tenho uma tendência a guardar demais as coisas pra mim e esse é um dos vícios que quero largar.

Será que alguém me acompanha nessa jornada??

março 08, 2015

FOMO (ou a viagem para saber de tudo e perder tudo)

Minha próxima viagem é uma viagem de trabalho. Hoje caiu a ficha que quarta eu viajo e estou começando a preparar as coisas.

A expectativa da viagem é grande.
A certeza que vou perder muita coisa legal também.

novembro 13, 2011

Memórias


Mais uma viagem se encerrou e a verdade é que eu não consegui ter a disciplina da atualizar o blog todo o dia. A ausência de internet em Cuba e o excesso de atividade diária influenciaram, lógico. Mas eu consegui tirar uma fotos e fazer algumas anotações de coisas que não quero esquecer e que, talvez, valha a pena dividir com as pessoas.

Primeiro de tudo, Cuba é uma viagem que vale a pena fazer.

A situação do povo cubano, a história real e criada e a decadência que assombra dias de muita glória, fazem do país um lugar único, que encanta e entristece ao mesmo tempo.

Taxistas dando um tempo até um turista aparecer.
Você é forçado a ser um turista o tempo todo e é uma vítima constante do assédio de quem quer ter um pouco mais, uma vida diferente da que é oferecida.

 Os cubanos se dizem criativos para enfrentar sua situação. Muitos deles são malandros mesmo. Como turista, conheci mais os malandros.

Ok, a vida é difícil se seu dinheiro não vale nada, seus mercados não têm nada e você tem que sobreviver às custas de presentes e esmolas dos turistas. Mas malandragem é malandragem em qualquer país. E por mais que tudo que tenha acontecido conosco tenham sido maus negócios, sentir-se o tempo todo vítima de um esquema, não é lá muito agradável.

Fora isso, entrar na história do país, conversar com o povo que alterna momentos de orgulho com indignação e caminhar sem rumo por ruas desconhecidas e cheias de surpresas vale a pena sempre.

E muda você, como qualquer boa viagem.


novembro 01, 2011

Dia 11 - Havana

01/11/11

Último dia em Cuba.

Voltamos para Havana pela Cubana e dessa vez em uma avião novo, chique, e visivelmente fretado apenas para turistas.

Em Havana, finalmente fomos ao Museo de La Revolución que conta toda a história da luta liderada pelo Fidel. Lá, além de uma patética exposição de frases ufanistas sobre os ideais da revolução desenhadas em cartolinas, há duas pavorosas estátuas de cera em tamanho real do Che e do Cienfuegos.

Como também cobravam pelas fotos, não registramos esse momento, mas tem um link aqui para vocês sentirem o drama.

Depois disso, fomos até o Hotel Sevilla tomar um drink e decidimos embarcar em um daqueles ônibus de turistas para ver se realmente não tínhamos perdido nada da cidade. Descobrimos que não.

O Al Capone se hospedava aqui
O drink do hotel é péssimo
De volta ao hotel resolvemos ir finalmente na Sorveteria Coppélia tomar um sorvete - tínhamos tentado logo no primeiro dia, mas o assédio dos cubanos nos assustou. Entramos, sentamos e pedimos umas bolas de sorvete, recuperando nossa dignidade machucada e sentindo que Cuba já não nos assustava mais.

O sorvete não é lá grande coisa, mas o prédio é bem legal.
Até agora não entendemos se os locais pagam ou não, pq não vimos troca de dinheiro entre eles.

A noite, fomos finalmente jantar no restaurante que eu queria ir desde o primeiro dia chamado Cocina de Liliam, no bairro de Miramar. Um paladar construido no jardim de uma casa colonial enorme, lindo e com um ar bem diferente da maioria dos lugares que estivemos.

Para comemorar, pedimos um vinho ao invés de um mojito e fechamos nossa estadia em Cuba com chave de ouro.

Curtimos: Cocina de Liliam e final chique de nossa viagem. Minha comida veio com um peixinho dourado vivo de decoração.
Não curtimos: Chuva atrapalhar o nosso ir e vir. Ser o último dia da nossa viagem.

outubro 31, 2011

Dia 10 - Santiago de Cuba

31/10/11

Dia das bruxas.
A gente já não tinha mais forças para andar por ai sem rumo, num sol forte e estar sempre atenta a eventuais jineteiros. Então, acordamos tarde e fomos ver o que faltava ver no centro da cidade.

Começamos por uma escadaria na Calle Padre Pico e depois subimos até o Balcão de Velasques, um mirante que dá vista para a parte baixa da cidade.

Nesse balcão, fomos vítimas de mais um teatrinho de cubanos, desta vez envolvendo pessoas se passando por militares. Eles contaram uma história mirabolante dizendo que o pessoal que cuidava do Balcão estava em reunião e não podíamos entrar, mas poderíamos fazer um pequeno tour com eles que passava pela "Casa do Fidel" e pelo "lugar onde o Buena Vista havia sido filmado."

Escaleras de Pico e Balcão Velasques, cenário de um teatro de malandros cubanos
Como dissemos que já conhecíamos ambas as localidades e não estávamos interessadas em guias, eles se frustraram e falaram que a gente podia entrar no Balcão por 1 CUC cada. Pra não alongar a conversa demais, a gente topou.

Depois disso, caminhamos pela Calle Enramada, onde frequentamos lojas de locais e vivenciamos a diferença gritante entre os preços para turista e para nativos.

Calle Enramada
Tiendas e livros
Fomos em dois museus com a politica de 5CUCs por fotos que nos recusamos a pagar, e almoçamos em um lugar que tinha o melhor pudim de leite de cuba - que a moça falou que o segredo era colocar um pouco de vinho branco.


Voltamos pro hotel e mais um tempo de piscina, uma massagem e um cochilo até o jantar, de novo, no Salão tropical.

Curtimos: Comprar livros cubanos bem baratos.
Não curtimos: Empate entre um porquinho amarrado que deu dó e descobrir que a agua custa 40 centavos e pagar 1,2 CUCs por ela no hotel.


outubro 30, 2011

Dia 9 - Santiago de Cuba

30/10/11

Jesus, nosso motorista
em Santiago
Considerando que já tínhamos conhecido o centro da cidade, resolvermos aceitar a proposta de nosso motorista, Jesus, e ter um city tour com as atrações turísticas que eram um pouco distantes da cidade.

Combinamos com ele às 9h da manhã no lobby do hotel, mas nossos relógios nos enganaram e acabamos chegando lá às 10h, bem alegres, achando que éramos as donas da razão, enquanto o pobre taxista já estava nos esperando há uma hora.

Depois de pedirmos desculpas pelo engano ele nos levou para conhecer a Catedral do Cobre e a virgem da Caridade, que parece que apareceu para uns pescadores um dia e agora é santa padroeira de Cuba - pelo menos de Santiago.

Catedral de Cobre

A Virgem da Caridade e uma janela bonita


Da igreja fomos ao cemitério da cidade onde vimos uma inexplicável troca de guarda que acontecia de meia em meia hora no túmulo do José Marti - haja saco para ficar trocando guarda de um túmulo de meia em meia hora. Além dessa cena surreal, também vimos o túmulo do Bacardi - famoso pelo Rum -, e do Compay Segundo - famoso pelo Buena Vista Social Club. Os demais defuntos não nos interessaram.

Lápides. Porque os mortos também podem render uns CUCs adicionais para os vivos
Fomos conhecer o Castillo del Morro, um forte bem legal, que virou prisão na época da independência de Cuba. Infelizmente, em Santiago estavam com uma política de cobrar 5 CUCs para qualquer coisa que você queria tirar foto, então a gente se revoltou e não tirou foto nenhuma de mais nada que cobrava.

Castillo del Morro: forte / prisão
Fotos custavam mais que a entrada, então só tem essa visão de longe e essa que eu roubei via celular
Pegamos um barquinho até Cayo Granma, uma ilhota com um restaurante em que almoçamos com o nosso taxista e conversamos durante bastante tempo com todos os funcionários sobre novelas. Passamos também pelo antigo palácio do governo que agora é uma escola, onde eles mantém os tiros dados pelo Fidel na primeira tentativa de tomar o governo.
Tiros dados pelo Fidel, Raúl & Cia.
Pelo que eu entendi, não foi dessa vez que eles tomaram o governo, mas serviu de treino.
Mais passeios pelo centro e depois fomos aproveitar a piscina do nosso hotel, que era bem boa e ficamos relaxando e terminando de ler os livros que tínhamos até a hora de buscarmos um lugar para jantar.

Fomos até o Salão Tropical, um paladar bem despretensioso, que cobrava em moeda nacional e foi o lugar mais barato que comemos em que a comida era boa. Ele era bem perto do nosso hotel então dava para ir andando e, afinal, acabamos voltando lá na noite seguinte.
A lua do Salão Tropical e uma estátua / fonte bizarra

Curtimos: O city tour cheio de historia, terminando na escola cravejada de balas.
Não curtimos: 5 CUCs para tirar foto no Castillo Del Morro. Não pagamos. :-\


outubro 29, 2011

Dia 8 - Santiago de Cuba


29/10/11

Chegamos em Santiago de Cuba às 12h do sábado, depois de um emocionante vôo pela Cubana Airlines. O avião russo, bem conservado até para a idade, não nos inspirava muita confiança e tivemos fortes emoções até ele finalmente decolar.

Sofrendo um pouco com o calor do outono Caribeño, demoramos um pouco para sermos encontradas por nosso motorista para o dia: Jesus.

Um gordeto bem simpático de fala mansa e que, como todos os cubanos até agora, já começou a conversa nos oferecendo um city tour completo por módicos 80 CUCs "para las dos".

Antes de decidir, assim de impulso entregar grande parte do nosso dinheiro para ele, resolvemos nos ambientar, e dar uma volta pelo centro da cidade, ja que ela nos pareceu um pouco mais amigável que as demais.
Catedral e Ayuntamiento. Foi daqui que o Fidel fez o primeiro discurso depois da vitória da revolução
Fomos almoçar no Don Antonio (plaza dolores), uma comida mais ou menos, superfaturada pela influencia de nosso amável taxista que, com certeza pediu una comissión, mas suficiente para matar nossa fome e com o mojito mais forte de toda a Cuba.

Cenas Santiagueiras
Para cortar o efeito da bebida, fomos ate o Café Isabelica, dito o melhor da cidade. Lá, o garçom, visivelmente mais bêbado que nós, explicou que a especialidade da casa era um café com mel e rum. Pra não perder a viagem pedimos esse mesmo, o que nao ajudou muito.

A moça do quadro é a Isabelica, a grande inventora do Café com Mel e Rum.
O moço da mesa é um bêbado qualquer que conversou com a gente sobre Niemeyer.

Não, a gente não bebeu muito nesse dia.
Já um pouco borrachas, nos quedamos no Hotel Casa Granda por muuuito tempo, bebendo mais e planejando a noite. Escrevemos uns cartões postais para amigos e temos esperança que algum dia eles cheguem. 

PS: Até hoje, meio de novembro eles não chegaram, mas amigos, confiem, vocês foram lembrados. Temos até algumas fotos dos cartões para provar, mas vamos guardá-las até o ano que vem, caso não cheguem mesmo.


Estava lendo Graham Greene na época
Acabamos voltando lá a noite para comer o melhor queijo quente da viagem - sério, a comida cubana não é lá grande coisa e queijos quente, às vezes, são a melhor pedida para matar a fominha sem gastar muito -, e mais um mojito antes de irmos para a Casa de La Trova, ouvir um pouco mais de música cubana tradicional e rejeitar mais investidas de cubanos tentando fazer a gente bailar.

Casa de La Trova de Santiago
Curtimos: Tarde toda na varanda do hotel Casa Granda escrevendo cartões postais e bebendo mojitos.
Não curtimos: presenciar velhos europeus brancos aproveitando o turismo sexual da região.

outubro 28, 2011

Dia 7 - De volta a Havana

28/10/11

Tudo o que temos a declarar sobre esse dia é:

  1. Nosso motoristas Damian era bem mais legal que o motorista anterior. Ele levou a namorada com ele para não ter que voltar sozinho de Havana e ela também era simpática. 
  2. O quarto que nos colocaram o Tryp Havana Libre cheirava mofo e tinha cupim, foi a pior estadia ever. Merece um review ruim no Trip Advisor.
  3. O Hotel Nacional é nosso Safe Harbour, então a gente resolveu ficar por lá, bebendo e assistindo mais uma tentativa de Buena Vista Social Club.
Nosso porto seguro, com daiquiris e buena vista

Amanhã vamos à Santiago de Cuba.

outubro 27, 2011

Dia 6 - Trinidad

27/10/11

Depois do dia mole que foi ontem, retornamos a nossa natureza andarilha e partimos para conhecer a cidade de Trinidad. Afinal, ela é um Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, né? E a gente podia ir para a praia depois do almoço de novo.
Praça central de Trinidad.

Trinidad parece uma Paraty menorzinha. Ruas com aquelas pedras gigantes, difíceis de andar, casas coloniais que viraram museus com móveis de época, igrejinhas antigas e torres que dão uma vista legal da cidade.

Um overview de Trinidad
Demos uma volta geral por tudo e almoçamos num paladar afastado, que pertencia a uma professora de filosofia muito simpatica e conversadora. Ela conversou com a gente sobre como os cubanos não gostam de trabalhar e querem sair do país correndo. Foi uma das pessoas mais legais que a gente encontrou.

Depois disso, óbvio, mais praia até escurecer, queijo quente no hotel e Casa de La Trova negar as investidas de pessoas que queriam que a gente dançasse salsa.

Curtimos: os trapalhões na Casa de la Trova - Locais empolgados que mais pareciam o Didi, Dedé e Mussum cubanos (faltou um Zacarias).
Não curtimos: tirando o calor, não lembramos de mais nada.

outubro 26, 2011

Dia 5 - Trinidad

26/10/11

Praia, all day long
5 dias depois do início das férias a gente se ligou que eram férias. Ou seja, tinha que ter pelo menos um dia em que a gente ficasse meio a toa, sem compromissos, sem querer ver tudo que estava acontecendo em todos os lugares. Só descanso e paz.

Parece que o ano novo em Cancún estragou a gente pro resto da vida.

Sendo assim, hoje foi um dia de não fazer nada, a não ser ficar na praia, beber e comer na praia e ler livro e dormir.

Lógico que isso foi meu forçado, já que a gente tinha um plano de pegar um barquinho para Cayo Blanco, só que o mal tempo e a ameaça de um furacão acabaram impedindo a viagem.

Sendo assim, nosso motorista albino Luis Miguel nos deixou na praia, depois de convencermos ele de que não tínhamos condições físicas de ir até as montanhas fazer uma trilha de mais de uma hora para cair numa cachoeira (apesar de a idéia de nos agradar também).

Mas não, ficamos quietinhas, largadas na praia, e voltamos a noite pra jantar numa casa colonial bem legal.

Nunca mais seremos as mesmas depois de Cancún.
Uma praia do Caribe acorda a lagartixa que existe dentro da gente.


Curtimos: mais praia.
Não curtimos: o Furacão Rina, que, talvez tenha feito o tempo ficar ruim e  impediu nossa ida ao Cayo Blanco.


outubro 25, 2011

Dia 4 - Trinidad

25/10/11

Dia oficial de aniversário. Não foi lá muito festivo.
Basicamente ficamos 4 horas em um carro, a caminho de Trinidad, uma cidadezinha histórica, patrimônio da UNESCO e com praia.

O motorista era bem suspeito e falava mal do governo sempre acrescentando que "não tinhamos ouvido isso dele" e também tentou nos arrancar um dinheirinho oferecendo um passeio adicional pela cidade de Cienfuegos.

Se não estivéssemos a fim de chegar logo na praia e esquecer nossas preocupações talvez até tivéssemos topado - fica sempre aquele medinho de perder alguma coisa incrível.

Chegamos em Trinidad, no hotel mais chique e fofo da cidade (o que pra Cuba é realmente algo muito impressionante), largamos as coisas no quarto e fomos pra praia, onde ficamos até escurecer.

Playa Ancón, só ficamos aqui, vendo esse céu.

A noite, tomamos Canchanchara - que é basicamente uma pinga com mel e limão, de origem cubana, portanto feita de rum, ao invés de pinga - já que Trinidad é a cidade em que foi criado esse impressionante  drink, e fomos para a comer em um restaurtante/paladar indicado pelo nosso taxista albino, Luis Miguel.

Foi um jantar bem bom - para os padrões de Cuba, depois fomos descansar pois no dia seguinte tinhamos combinado com o Luis Miguel de nos levar até a Marina para pegarmos um barco para conhecer Cayo Blanco, uma ilhota que tinha perto de lá.


Curtimos:  Praia, afinal, foi só isso que fizemos.
Não curtimos: viagem de 4 horas num carro velho e com motorista chato.



outubro 24, 2011

Dia 3 - Havana

24/11/11

Hoje combinamos com um peculiar guia turistico a visita à Finca de la Vigía, a casa onde o Hemingway morava aqui em Cuba. (qualquer impressão de que eu sou viciada no Hemingway não é apenas impressão).

O Pepe, em seu buick verde (acho que é um buick), nos levou até  o local que fica um pouco afastado de Havana. Durante todo o trajeto ele nos contou, muito entusiasticamente, suas impressões sobre o governo cubano e a corrupção que levava todo o dinheiro do turismo.

Pepe e seu estimado carro
Ele também nos explicou algumas coisas bem interessantes sobre o Fidel ter mandado matar o Che e o Raul ser gay, e a filha do Raul ser presidente dos homossexuais. Enfim, ele ia falando e a gente ia deixando.

Uma vez na Finca, estava um dia nublado e feio, e nesses dias eles não deixam você entrar na casa para não estragar as coisas. Mesmo assim conseguimos ver a casa, os arredores, a piscina e o barco do escritor.

Finca de La Vigía


A máquina de escrever e o carimbo do Hemingway
Um Picasso e um Miró.
O mirante, a piscina, o cemitério de cachorros e o barco.

Nós, bem felizes, fingindo que éramos ricas

Na volta, o Pepe parou num lugar muito estranho e nos escoltou até o interior da casa de um cubano. Lá dentro um senhor bem do suspeito, começou a nos mostrar caixas e caixas de charutos, ditos originais, e que ele nos venderia por um quarto do preço da loja.

Tentamos de todas as formas sair dessa enrascada mas, para não fazer descaso dos pobres cubaninhos que estavam se esforçando tanto, acabamos adquirindo alguns charutos. Até agora não temos certeza se eles são de verdade ou não.

Depois da aquisição dos Cohibas, fomos na praça da revolução e demos uma volta de carro pelos bairros de Miramar e Playa. Quando cansamos, o Pepe nos levou até o Paseo del Prado onde encontramos um paladar fofo para comermos.

Che, Cienfuegos e José Marti: gente importante
Tentamos ir até o Museo de la Revolución neste dia, mas estava já quase fechado. Então voltamos para o hotel pra descansar para a noite.

A noite, acabamos decidindo jantar no Floridita e comemorar meu aniversario com estilo:  música cubana, daiquiris e charuto.
Não, a gente não sabe fumar charuto, nem tirar foto no escuro
Curtimos: Passar a meia noite do meu aniversário no Floridita bebendo daiquiris e fumando nosso primeiro Habano.
Não curtimos: Não conseguir fugir do mercado negro de Habanos.