maio 11, 2010

Casamento franco brasileiro

8 de maio de 2010, Laval / St Berthevin, França.

Acordamos bem de madrugada para pegar o primeiro dos três trem que nos
levariam para a cidade de Laval, que fica no Vale do Loire, há 3 horas de trem de Paris, 7 horas de Genebra.

Tudo estava correndo bem até os trem começarem a atrasar. Os motoristas dos trens ficavam falando algo bem estranho em francês e o pouco que entendiamos era que eles sentiam muito pelo atraso.

Acabamos chegamos na cidade faltando uma hora e meia para o casamento começar, o que não parecia tão desesperador, a princípio.

As coisas começaram a piorar, a partir dai. Na estação havia um único taxi no ponto, mas o motorista não estava presente. Além disso, uma francesa nervosa começou a falar meio brava que ela também estava esperando um taxi quando viu a gente se dirigindo ao carro vazio. Infelizmente, para nós, e para ela, o motorista nunca apareceu e ninguém atendia no número da companhia de taxi do lugar.

Depois de algumas tentativas de chamar algum outro taxi resolvemos ir com a cara e a coragem andando até o hotel. Alguém havia nos dito que ele deveria ser perto da estação, então não haveria problemas.

A cidade parecia uma cidade fantasma: não havia ninguém na rua, não passavam taxis em lugar nenhum. Descobrimos depois que era um feriado na cidade, o que tornava tudo bem mais difícil. Com alguma noção do mapa da cidade na cabeça, seguimos na direção do rio.

Meia hora depois, haviamos caminhado quase correndo puxando nossas malinhas por calçadas de pedra minúsculas sem chegar em lugar nenhum. Não havíamos chegado nem na metade do caminho, e o cansaço e o frio começavam a destruir nosso bom humor de estar em uma cidade medieval na França.

Quase nos conformando com a ideia de que perderíamos o casamento, um taxi apareceu do nada e nos jogamos na frente dele implorando que nos levasse ao hotel, que nos aguardasse até o casamento e já se agendasse para nos pegar amanhã pela manhã. Não queríamos ficar a deriva em uma cidade medieval fantasma, na chuva.

Chegamos no hotel, nos trocamos em 20 minutos e seguimos correndo para a igreja. O tempo estava horrível, estávamos terrivelmente atrasadas, mas tínhamos esperanças de a noiva atrasar um pouquinho.

Ela não atrasou nada e chegamos na igreja na mesma hora que ela. Perdemos a entrada da noiva, que descobrimos mais tarde não ser uma tradição nos casamentos franceses, mas conseguimos acompanhar todo o resto do casamento.

Vimos a apresentação dos noivos, que eles fizeram em português e francês. O casamento inteiro foi lindo, chorei de emoção todas as vezes que ela falou.


Depois, na festa, fizemos uma homenagem a ela e à nossa amizade com a nossa música - brega, mas pra gente significa muito.

Ficamos até uma meia noite, curtindo um pouco a noiva, de quem sentia uma saudade enorme, aproveitando o jantar e dançando com a francesada. Até o padre acabou dançando Madonna, na alegria da festa.






Depois voltamos para nosso hotel para pegar o trem para a Basiléia.

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