Chegamos em Paris meio sem saber para onde ir. A Tina tinha um contato de um irlandês amigo do namorado dela que, teoricamente, nos deixaria ficar na casa dele nos dias em que estaríamos na cidade. Ao chegar na estação de trem, ligamos para meu pai para que ele pudesse entrar no e-mail da Tina e nos ditar o que o tal irlandês tinha nos orientado para chegar na casa dela.
Algumas gritarias depois, finalmente conseguimos encontrar o lugar e, algumas horas depois de procurar por uma determinada porta que ficava logo antes de algumas cadeira e uma escada amarela, nos alojar em um pequeno estúdio no Latin Quartier.
Como ele não se encontrava em casa, saimos novamente para passear e conhecer a rua Mouffetard, cheia de restaurantes caça turistas. Ingenuamente entramos em um que nos parecia o menos pior. Foi horrível mesmo assim, e prometemos nunca mais fazer isso.
A noite conhecemos o Andrew, confirmamos que não haveria dinheiro envolvido em nossa estada e fomos dormir para caminhar feito umas loucas no dia seguinte.
Na quarta, decidimos acabar com os museus que queríamos ver: D'Orsay e L'Orangerie.
O maravilhoso Museé D'orsay tinha uma filinha até pequena para entrar e estava com parte do prédio em reforma. Mesmo assim, foi possível ver o acervo maravilhoso cheio de Rodins, Goyas, Monets, Van Goghs, etc. Além disso, havia uma exposição maravilhosa chamada Crime et Châtiment (Crime e Castigo), baseada na obra de Dostoievski. Sinistra, fala de crimes, julgamento, castigos e o lado mais negro da humanidade. Você passa um pouco mal em algumas horas, mas é muito, muito interessante.
Dois quadros que chamaram muito a atenção foram o do Assassinato de Marat, de Jacques Louis David e o quadro Lucifer de Franz Von Stuck. Tinha outro quadro da Charlotte Corday, que eu não consigo achar o autor, mas era bem legal também.

Além dos painéis, havia também uma exposição do Paul Klee que, olha só que coincidência, fazia parte da coleção de Ernst Beyeler, o cara que tem a Fundação lá na Suiça que a gente foi há alguns dias atrás.
O que mais me emocionou foi seu Manifesto Criativo.

Depois disso foi Champs-Elysees e compras descontrol na Sephora, e um chá da tarde com marcarrons.
A noite, ainda conseguimos encontrar nossa amiga para um sorvete, na mesma rua Mouffetat que havíamos prometido não voltar.



Um comentário:
Visualizei o “Algumas gritarias depois...”
E lembro da rua Mouffetard da aula de francês!!! Algum daqueles, Nicol Legrand, Silvie, Valerie... morava nessa rua.
Postar um comentário